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  02/03/2018 15:58 

Chuvas nutrem expectativa de safras similares às atingidas em 2011

Encher a casa de fava, milho, feijão. Cícero Gomes, 42, conta do desejo que este ano há de vingar. Agricultor do município de Assaré, na microrregião da Chapada do Araripe, Cícero tem nutrido a esperança de que, depois de seis anos amargando safra baixa, 2018 vai ser ano de roça farta. “Ano passado, a gente teve até gosto de levar pra roça, mas não teve de trazer. Os açudes daqui começaram a pegar água. Tava seco torrado, mas a água começou a pegar. É o ano melhor dessas seca tudinha”, conta.
 
Como Cícero, outros agricultores do Ceará vão vendo nas chuvas de janeiro e fevereiro o sinal de que a quadra chuvosa vai dar bons frutos. É como entende o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), Antônio Rodrigues de Amorim. Conforme projeta, a safra de milho deste ano deve ser recorde e se equiparar à colheita de 2011, chegando a 800 mil toneladas. “Nesses anos de seca, a safra quando muito chegava a 250 mil toneladas". Aproveitando o solo molhado das chuvas, Amorim conta que cerca de 70% do plantio já foi realizado na chamada agricultura de sequeiro em todas as regiões — mesmo que ainda haja dificuldade em regiões como o Sertão Central e o Vale do Jaguaribe. Contudo, para as culturas perenes dos perímetros irrigados, o repasse de água permanece estagnado. O secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, reconta que, atualmente, a água para a economia rural não chega a 30% do uso total no Estado. Em 2012, agricultura, pecuária e e carcinicultura chegavam a utilizar 70% dos recursos hídricos do Ceará.
 
Esperançoso com o que já teve de chuva até agora e com perspectiva de que as precipitações se intensifiquem, o secretário de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultora Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), José Francisco de Almeida Carneiro, acredita que haverá recarga nos reservatórios suficiente para diminuir as restrições de água ao consumo agrícola já em julho.  
 
“Mas não podemos perder de vista os ensinamentos que a seca nos dá: bom inverno e seca são cíclicos e temos de ser racionais no uso da agua para uso humano e agricultura”, assevera.
 
Substituir culturas como as de banana e arroz, que usam água em demasia, por macaxeira, batata doce e pitaya, e usar palma forrageira para consumo do rebanho, por exemplo, são opções citadas por Teixeira. “Mesmo que encha tudo, deveremos ter um consumo menor, desenvolvendo um modelo mais adaptado ao semiárido. Nada poderá ser como antes, porque, senão, significa que não aprendemos com a seca”.
 
 
 
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